
O governo do Estado criou uma estrutura de governo só para cuidar da implantação da Fiat em Goiana. Subordinada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDEC), a mais importante da área econômica do governo pernambucano, nasce a Secretaria Executiva de Projetos Especiais, que, apesar do nome, surgiu para tratar da articulação e execução de ações ligadas à instalação da montadora italiana no Estado. A Fiat implantará no Litoral Norte uma fábrica de R$ 4 bilhões, com 4.500 empregos diretos e produção entre 200 mil e 250 mil veículos por ano.
A primeira ação transferida para a nova estrutura de governo foi a terraplenagem da Fiat. A obra é uma contrapartida estadual para a vinda do projeto. A terraplenagem de 440 hectares custará R$ 82 milhões e ficará a cargo da Construcap. O contrato deve ser assinado semana que vem e as obras ainda aguardam o licenciamento. A expectativa é que elas tenham início até o mês que vem.
“A previsão de entrega da terraplenagem é até 31 de março. Em maio começa propriamente o período chuvoso. Mas, com a terraplenagem pronta, as obras civis, das fundações, podem acontecer mesmo com as chuvas”, comenta o secretário executivo de Projetos Especiais, João Guilherme Ferraz.
Ele foi deslocado da diretoria jurídica do Complexo Industrial Portuário de Suape para o novo cargo. A secretaria executiva, ao todo, tem um corpo de nove cargos novos com funções de engenharia, comissão de licitação e administrativa.
Apesar da estrutura enxuta, a simples criação de uma secretaria executiva, a princípio, para a Fiat demonstra o tratamento diferenciado com o projeto. Megaobras como a ferrovia Transnordestina e outros grandes projetos, além de assuntos institucionais de toda ordem, dividem, na SDEC, as secretarias executivas de Projetos Estruturadores e de Gestão do Desenvolvimento.
João Guilherme diz que o governador Eduardo Campos e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Geraldo Júlio, podem determinar a inclusão de novos projetos na secretaria executiva. Mas admite que, por enquanto, sua tarefa é a implantação da Fiat, o que não significa uma missão simples.
De uma forma geral, a montadora pode atrair mais de 60 fornecedores e terá um grande impacto social e urbanístico na região. “Temos toda uma agenda programada, de contatos entre Estado e a Fiat, entre áreas diferentes de governo, como a Secretaria de Trabalho e Emprego, e a prefeitura. Temos agora que trabalhar na capacitação para as obras civis da Fiat, que terão início até maio”, afirma João Guilherme.
Segundo a Prefeitura de Goiana, as obras civis da Fiat mobilizarão até 7 mil trabalhadores no ano que vem.







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