População de subúrbios de Bangcoc acusa governo de sacrificar regiões.
As autoridades da Tailândia tentaram conter a crescente ira entre as vítimas das enchentes na terça-feira (1º) enquanto a água inundava novos bairros e o governo começava a traçar um plano de bilhões de dólares para evitar um desastre semelhante e garantir a confiança dos investidores.
As enchentes começaram em julho e devastaram grande parte das margens do rio Chao Phraya, matando ao menos 384 pessoas e afetando a vida de mais de dois milhões.
A parte interna de Bangcoc, protegida por uma rede de diques e muros de sacos de areia, sobreviveu aos picos de maré alta no fim de semana e permanece na maior parte seca.
Mas grandes volumes de água estão deslizando pela terra para o norte, leste e oeste da cidade, tentando chegar ao mar e sendo desviados pelas defesas do centro da cidade para novos subúrbios, enquanto recuam em outros.
No bairro de Sam Wa, no nordeste da cidade, moradores furiosos exigiram a abertura de uma comporta para permitir que a água saísse de sua comunidade. Moradores entraram em confronto com a polícia na segunda-feira e a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, ordenou que a comporta fosse aberta em um metro.
As autoridades da cidade alertaram que o fluxo através do portão poderia se mover por meio de um importante canal para grandes partes da cidade que agora estão secas.
"Somos contra isso, mas o governo ordenou que o BMA abra a comporta, então mais água virá", disse o porta-voz da Autoridade Metropolitana de Bangcoc (BMA, Jate Sopitpongstorn.
"Pode chegar à área industrial de Bang Chan. Temos que ver as consequências", disse ele à Reuters, acrescentando que os moradores da área foram informados a ficar em alerta.
O governo de Yingluck e a autoridade de Bangcoc representam facções opostas na política da Tailândia.
Um especialista da equipe de gestão de enchentes do governo minimizou os riscos para Bangcoc da abertura da comporta, afirmando que o fluxo era relativamente pequeno se comparado com a quantidade que vem por meio de vazamentos em diques da cidade.
"A parte interna de Bangcoc não é tanto um problema", disse o acadêmico Anon Sanitiwong Na Ayutthaya. "Pelo menos sabemos o que fazer, é só uma questão de tempo para consertar os vazamentos."
O desastre foi o primeiro grande teste para o governo de Yingluck, a irmã mais nova do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto em um golpe em 2006.
Yingluck, uma novata política, assumiu este ano após uma eleição que muitos tailandeses esperavam curar as divisões que desencadearam a violência nas ruas no ano passado.
Salvar o centro de Bangcoc de uma inundação desastrosa seria uma importante vitória. As 12 milhões de pessoas da cidade representam 41% do Produto Interno Bruto da Tailândia.
Mas a miséria prolongada nas zonas periféricas e províncias fortemente inundadas para o norte tiraria o brilho de qualquer vitória para Yingluck, especialmente tendo em conta a percepção de que essas áreas têm sido sacrificadas para salvar a capital.
As pessoas retomavam a rotina nas províncias inundadas nesta terça-feira, com as mulheres cozinhando em fogões a gás, à sombra de folhas de plástico amarradas ao longo de picapes, enquanto os homens em suas roupas íntimas lançavam redes de pesca nas águas que cobriam estradas.
Carros, caminhões e táxis estavam estacionados e abandonados em uma estrada elevada fora de Bangcoc.
O gabinete se reuniu para elaborar um plano de recuperação que, segundo afirmação de um ministro esta semana, pode custar até US$ 30 bilhões, incluindo uma reforma do sistema de gestão da água e reabilitação de zonas industriais.
Fonte: G1 / Reuters
As enchentes começaram em julho e devastaram grande parte das margens do rio Chao Phraya, matando ao menos 384 pessoas e afetando a vida de mais de dois milhões.
A parte interna de Bangcoc, protegida por uma rede de diques e muros de sacos de areia, sobreviveu aos picos de maré alta no fim de semana e permanece na maior parte seca.
Mas grandes volumes de água estão deslizando pela terra para o norte, leste e oeste da cidade, tentando chegar ao mar e sendo desviados pelas defesas do centro da cidade para novos subúrbios, enquanto recuam em outros.
No bairro de Sam Wa, no nordeste da cidade, moradores furiosos exigiram a abertura de uma comporta para permitir que a água saísse de sua comunidade. Moradores entraram em confronto com a polícia na segunda-feira e a primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, ordenou que a comporta fosse aberta em um metro.
As autoridades da cidade alertaram que o fluxo através do portão poderia se mover por meio de um importante canal para grandes partes da cidade que agora estão secas.
"Somos contra isso, mas o governo ordenou que o BMA abra a comporta, então mais água virá", disse o porta-voz da Autoridade Metropolitana de Bangcoc (BMA, Jate Sopitpongstorn.
"Pode chegar à área industrial de Bang Chan. Temos que ver as consequências", disse ele à Reuters, acrescentando que os moradores da área foram informados a ficar em alerta.
O governo de Yingluck e a autoridade de Bangcoc representam facções opostas na política da Tailândia.
Um especialista da equipe de gestão de enchentes do governo minimizou os riscos para Bangcoc da abertura da comporta, afirmando que o fluxo era relativamente pequeno se comparado com a quantidade que vem por meio de vazamentos em diques da cidade.
"A parte interna de Bangcoc não é tanto um problema", disse o acadêmico Anon Sanitiwong Na Ayutthaya. "Pelo menos sabemos o que fazer, é só uma questão de tempo para consertar os vazamentos."
O desastre foi o primeiro grande teste para o governo de Yingluck, a irmã mais nova do ex-premiê Thaksin Shinawatra, deposto em um golpe em 2006.
Yingluck, uma novata política, assumiu este ano após uma eleição que muitos tailandeses esperavam curar as divisões que desencadearam a violência nas ruas no ano passado.
Salvar o centro de Bangcoc de uma inundação desastrosa seria uma importante vitória. As 12 milhões de pessoas da cidade representam 41% do Produto Interno Bruto da Tailândia.
Mas a miséria prolongada nas zonas periféricas e províncias fortemente inundadas para o norte tiraria o brilho de qualquer vitória para Yingluck, especialmente tendo em conta a percepção de que essas áreas têm sido sacrificadas para salvar a capital.
As pessoas retomavam a rotina nas províncias inundadas nesta terça-feira, com as mulheres cozinhando em fogões a gás, à sombra de folhas de plástico amarradas ao longo de picapes, enquanto os homens em suas roupas íntimas lançavam redes de pesca nas águas que cobriam estradas.
Carros, caminhões e táxis estavam estacionados e abandonados em uma estrada elevada fora de Bangcoc.
O gabinete se reuniu para elaborar um plano de recuperação que, segundo afirmação de um ministro esta semana, pode custar até US$ 30 bilhões, incluindo uma reforma do sistema de gestão da água e reabilitação de zonas industriais.
Fonte: G1 / Reuters







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