Ministro do STF e relator da Ação Penal 470, o 'mensalão', Joaquim Barbosa minimiza a chance de seguir carreira política; "Os políticos me odeiam por isso", diz, sobre seu recente sucesso; rumores de um cargo político são, no entanto, cada vez mais frequentes e envolvem até a presidência da República.
Embora sejam cada vez mais frequentes os rumores sobre um evenutal projeto político envolvendo o ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa (leia mais), ele nega a possibilidade. Desde o início do julgamento da Ação Penal 470, da qual é relator, Barbosa tem ganhado destaque nos noticiários de maior visibilidade e até sido chamado de herói em Brasília. Até agora, o ministro foi bastante rígido em seu voto contra os réus do chamado "mensalão". Barbosa, porém, minimizou o sucesso neste fim de semana, quando esteve numa festa de aniversário de 50 anos da jornalista e amiga Kátia Turra.
Segundo reportagem do jornal O Globo, o ministro demonstrou não se interessar pela carreira política, quando questionado sobre o instantâneo sucesso que tem adquirido com um julgamento de tanta visibilidade. "Eu não me empolgo com essa notoriedade. Os políticos me odeiam por isso", respondeu Barbosa. Quanto ao fato de ter resgatado o sentido de cidadania e democracia, elogio feito por alguém da festa diante de sua resposta, o ministro continuou demonstrando discrição. "O grande fato a se comemorar é julgamento dessa natureza estar acontecendo na mais alta Corte do país".
Apesar de negar uma carreira política, Barbosa tem aproveitado a boa fase para usar de sua influência e provocar mudanças no Supremo. O ministro já faz planos para quando assumir a presidência do STF – primeiro negro a realizar tal feito –, a partir de novembro deste ano. Um deles é questionar a forma como são escolhidos os colegas por parte da Presidência da República. Ele já teria uma lista de ao menos dez nomes para indicar para a presidente Dilma Rousseff.
Fonte: PE247
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