A Causa Original de Todas as Coisas

  

A aranha e o relógio

Uma aranha marrom e sua ninhada viviam num dos cômodos inferiores da torre do relógio de uma catedral. A cada quinze minutos, os sinos enchiam com sua melodia aquela câmara sombria, batendo também as horas. As aranhas andavam de um lado para o outro em suas tarefas diárias maravilhadas com o relojoeiro que vivia mais acima e cujo trabalho enchia suas vidas de beleza.

Inevitavelmente, algumas aranhas aventureiras penetraram no telhado da torre da catedral e exploraram os mecanismos do relógio e os sinos. Um pensamento começou a tomar conta das aranhas. Não havia um relojoeiro, havia apenas rodas, engrenagens e correntes que se moviam e assim faziam com que os martelos batessem nos sinos. Mesmo assim, arrazoavam as aranhas, devia haver um relojoeiro em algum lugar. Não era incrível que o relojoeiro tivesse construído um relógio que funcionava sozinho?

            Mais tarde, algumas aranhas mais jovens começaram a questionar a existência do relojoeiro. Seu argumento era que o relógio sempre estivera ali. Talvez tivesse crescido por si só. Nunca nenhuma das aranhas havia feito a ligação entre o maravilhoso relógio e o velho senhor que regulamente visitava o relógio com a sua caixa de ferramentas e uma lata de óleo.

Deus existe?

            Deus existe? Se existe, ele é pessoal ou impessoal? Se existe um Deus pessoal, ele é amigável ou hostil para com os seres humanos? Estas são as grandes questões sobre a existência e a natureza de Deus. Numa primeira analise, não nos parece que a Bíblia esteja interessada nessas questões. O primeiro capitulo de Gênesis assume a existência de Deus e parte diretamente para a descrição da criação do universo, da terra, das plantas, da vida animal e do homem.

            Em outras passagens, a Bíblia enfatiza que as pessoas possam olhar para a criação e concluir a parti dela que Deus existe (Salmos: 19.1-4; Romanos: 1.20). Os grandes pensadores gregos insistiam em dizer que a vida e a operação do universo físico podiam ser explicadas através de uma seqüência ininterrupta de causas e efeitos que levaria à primeira causa: a causa original, que explica todos os efeitos posteriores.

             

O relógio e o relojoeiro

            Para algumas pessoas, este é o argumento por excelência. Se você vê um relógio, presume que deva existir um relojoeiro. A existência de uma casa linda e funcional é prova de que um arquiteto talentoso desempenhou bem o seu trabalho. Mas as pessoas não são como aranhas que vivem numa catedral pensando no relojoeiro. Somos parte do relógio ou dá casa. O Relojoeiro ou Arquiteto vive e se move em dimensões de realidade que podemos apenas imaginar. Não o vemos diretamente; apenas contemplamos o seu projeto ao nosso redor e em nós.

            Sempre existirão audaciosos e presunçosos que negarão a necessidade de um Projetista que explique o projeto. Eles interpretam todas as causas e efeitos observáveis de acordo com as leis das ciências naturais. Insistem que são os únicos responsáveis por si mesmos. Em última análise, estão dizendo que não crêem em Deus pelo simples fato de nunca o terem visto. Mas o projeto deveria ser suficiente para demonstrar que no início da aparente infindável cadeia de causas e efeitos está Deus, a causa original de todas as coisas.

Alexandre Almeida de Araújo, tem 20 anos, é membro da Igreja Evangélica Assembleia de Deus – Convenção Abreu e Lima – Campo Goiana, em Ponta de Pedras, onde atua como Dirigente do Grupo Jovem (UMADEG). É Técnico em Marketing Pessoal e Técnico de Redes de Computadores, Editor e Colunista do Portal Diário do Semeador, e estudante do curso de História na Faculdade Ciência e Tecnologia Prof° Dirson Maciel de Barros em Goiana