Começaram as articulações para o recolhimento de 70 mil
assinaturas em Pernambuco para ajudar na criação do partido da ex-ministra de
Meio Ambiente, Marina Silva, o Rede Sustentabilidade; em paralelo, o governador
de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), já demonstrou apoio ao projeto da
ex-verde, o que aumenta as especulações sobre a possibilidade de PSB e Rede
Sustentabilidade comporem uma chapa para as eleições presidenciais 2014.
Começaram as articulações para o recolhimento de 70 mil assinaturas em Pernambuco para ajudar na criação do partido da ex-ministra de Meio Ambiente, Marina Silva, o Rede Sustentabilidade. Isso menos de 48 horas depois do lançamento da legenda, que ainda não existe perante a Justiça Eleitoral. No estado, o secretário estadual de Meio Ambiente, Sérgio Xavier, e o ex-deputado estadual Roberto Leandro, que deixaram o PV para marcharem junto com Marina (ex-PV), deram início à busca de um escritório político a fim de coletar as ações de coleta de assinaturas. Em paralelo, o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), já demonstrou apoio ao projeto da ex-verde, o que aumentou as especulações sobre a possibilidade de PSB e Rede Sustentabilidade comporem uma chapa para as eleições presidenciais 2014.
“Claro que vamos trabalhar em todo o País. Queremos recolher mais de 500 mil assinaturas, porque sempre tem uma ou outra que é inválida por problemas no número do título de alguns apoiadores”, disse Roberto Leandro ao Jornal do Commercio. De acordo com Roberto Leandro, será criado um cronograma para que Marina Silva venha a Pernambuco buscar apoio para a fundação da legenda. “Marina teve uma votação expressiva em nosso Estado e qualquer programação estruturada pela cúpula do Rede Sustentabilidade não pode deixar Pernambuco de fora”, declarou.
Em meio ao recado dado por Marina Silva de que apenas candidatos e dirigentes partidários fichas-limpas (regra que não vale para os filiados), ou seja, que não têm condenação na Justiça poderão ingressar no Rede Sustentabilidade, o ex-parlamentar foi incisivo: “Não vamos trabalhar de forma fisiológica. Esse partido não terá dono nem comandante”, observou.
A ex-ministra tem dito que o seu partido não será de esquerda nem de direita. E, apesar de o governador Eduardo Campos junto com os seus interlocutores já ter afirmado que os socialistas marcham no campo da esquerda, ao lado da presidente Dilma Rousseff (PT), o PSB é visto por lideranças partidárias como uma legenda que se aproxima dos ideais propalados por Marina Silva no sentido de atuar, na prática, sem uma posição claramente definida.
Há poucos mais de dez dias, o deputado federal Alfredo Sirkis (PV-RJ), um dos principais articuladores da criação do Rede Sustentabilidade, afirmou em seu blog que “uma relação próxima com o governador Eduardo Campos é importante, pois dos quadros da chamada ‘grande política’ é, sem dúvida, o mais próximo e permeável às nossas ideias”. Isso aponta para a aproximação entre Campos e Marina, duas das principais lideranças partidárias no plano nacional.
Outro indicativo desta aproximação foi a carta elaborada pelo governador pernambucano em que manifesta o seu apoio ao Rede Sustentabilidade. “Entendemos que a construção deste novo partido será de grande contribuição ao urgente debate que nossa sociedade reclama e queremos afirmar o nosso propósito e a nossa determinação de manter canais de diálogo e de cooperação. A luta que nós do PSB abraçamos há mais de meio século recebe agora um importante aliado, liderado por Marina Silva”, declarou.
Em documento lido pelo secretário Sérgio Xavier, no último sábado (16), em Brasília, o gestor escreveu sobre a importância de se criar um partido como o Rede Sustentabilidade. “Na jovem democracia brasileira, porém, mais incipiente ainda é a nossa cultura partidária, sendo extremamente desafiador o trabalho de todos aqueles que se empenham em fundar, estruturar e consolidar um partido político, como sabemos todos que nos dedicamos à tarefa de fazer do nosso PSB uma instituição forte, coesa e comprometida com a construção de um país justo, soberano e socialmente equilibrado”, disse Campos.
Marina Silva aguardará o andamento do recolhimento das assinaturas para decidir se o partido terá estrutura para lançar uma candidatura à presidência e aos governos estaduais. Só o tempo dirá qual será a posição da ex-ministra, caso ela não marche rumo ao Palácio do Planalto.
De todo modo, se antes do lançamento do Rede Sustentabilidade, nem Eduardo nem Marina tinham se manifestado sobre a probabilidade de ambos comporem uma chapa majoritária (algo que não está totalmente descartado), agora, parece que um dos lados (Eduardo Campos) já deu a sua contrapartida, ainda que nas entrelinhas.
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